A recepção da Missa de Requiem (1816) de José Maurício Nunes Garcia na década de 1890

Carlos Alberto Figueiredo

Na década de 1890, com o advento da República brasileira, houve uma busca por símbolos que representassem o novo país. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830) e sua música tiveram especial resgate e destaque nesse processo. A “redescoberta” do compositor carioca foi encabeçada principalmente pelo visconde de Taunay, assessorado pelo compositor Alberto Nepomuceno e pelo jornalista Luís de Castro, entre outros entusiastas. A materialização dessa nova fase de recepção da obra mauriciana veio com a publicação de sua Missa de Requiem (CPM 185), composta em 1816. Este texto tratará das várias fases pelas quais passou essa importante publicação: a coleção Gabriela Alves de Souza, os trâmites para a publicação e sua recepção em vários níveis.