Tradução, metáfora e metamorfose: a “estética da emulação” segundo Van Gogh
Evando Nascimento
O artigo parte de uma abordagem lexical e etimológica dos termos de origem grega metáfora e metamorfose, por um lado, e do termo de origem latina tradução, por outro. Nos três casos há uma noção implícita de transporte, condução e transformação. Em seguida, recorre-se às três noções de tradução sistematizadas por Roman Jakobson em seu clássico “Aspectos linguísticos da tradução”: tradução intralingual (dentro de uma mesma língua), interlingual (entre duas ou mais lín- guas) e intersemiótica (entre sistemas de signos distintos). Por fim, propõe-se uma interpretação das cópias realizadas por Vincent van Gogh a partir de artistas como Millet, Rembrandt e Doré, com os instrumentos conceituais previamente elaborados: metáfora, metamorfose e tradução.