“Ele amava o teatro”: a construção de Artur Azevedo no cotidiano das letras

Tatiana Siciliano

Utilizando-se, como material empírico, narrativas autorreferenciais de Artur Azevedo (1855–1908), buscar-se-á analisar a construção subjetiva do autor como um “homem de teatro” e “um homem de letras”, identificando os seus “projetos” em interação com o “campo de possibilidades” de sua época. Considerando que o mundo literário é uma “ação coletiva”, pretende-se localizar Artur Azevedo em meio às ideias que circulavam no campo artístico-intelectual do Rio de Janeiro (centro cultural do país à época), do final do século XIX e início do século XX, bem como compreender a dinâmica de sua rede de interlocução, que incluía nomes como Machado de Assis, Coelho Neto, o crítico literário José Veríssimo, Olavo Bilac e Aluísio Azevedo (seu irmão).

Palavras-chave: Artur Azevedo; mediação; construção subjetiva.


Using, as empirical material, self-referential narratives of Artur Azevedo (1855–1908), this article seeks to analyze the subjective construction of the author as “man of letters” and “man of the theater”, pointing out his “projects” in interaction with the “field of possibilities” of his time. As the literary world is a “collective action”, it is intended to locate Artur Azevedo among the ideas that circulated in the artistic-intellectual field of Rio de Janeiro (cultural center of the country), in the late nineteenth and early twentieth century, as well as understand the dynamics of its network, which included names like Machado de Assis, Coelho Neto, literary critic José Veríssimo, Olavo Bilac and Aluísio Azevedo (his brother).

Keywords: Artur Azevedo; mediation; subjective construction.